quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Uma historia de balão...

Conta me uma historia…


Era uma vez uma menina bonita.
E mais?
Querem saber? Conheceu um rapaz…
E mais?
O rapaz não tinha mãos nem pés…
E tinha olhos para ver? Nariz para cheirar? E ouvidos para ouvir, tinha?
Sim, tinha. Mas ninguém gostava dele a não ser a menina. Não tinha trabalho e vivia na rua…
Mas, não tinha frio. Ficava sempre enroscado com o seu cão, sempre bem perto da fogueira. E, tinha as estrelas. Elas aqueciam-lhe a alma.
A menina, essa aquecia-lhe o coração. Só que, não havia nada que lhe desse conforto e que matasse a fome do rapaz.
Um belo dia, a menina e ele encontraram-se e falaram. Ele não percebia as palavras dela, mas sabia entende-la melhor que ninguém. Não se lembra do que falaram, mas nunca irá esquecer aquela conversa.
As horas e os dias foram passando e a solidão apoderava-se do rapaz. Numa manha, a menina, loira de olhos cor do mar, muito envergonhada e com muito receio do senhor rapaz, aproximou-se dele e ofereceu-lhe comida. O nome dela era Diana Tatão.
Depois, a menina correu para bem longe. O rapaz pensou que ela se tinha ido embora, para sempre. Mas, a menina, apenas se tinha ido esconder por detrás da arvore dos segredos, para observar o senhor comer, ate o sol se por.
Ela gostava dele, apesar de tudo, ela gostava. Só não queria dizer, tinha vergonha.
Ao amanhecer do outro dia, Diana foi acordada por um beija-flor, que lhe sussurou ao ouvido: “ tenho uma surpresa para ti, vem comigo”. De pijama e olhos ensonados, a menina seguiu o beija-flor por entre as flores do jardim.
Quando lá chegou, encontrou a casa do senhor rapaz a quem tinha dado de comer. Impressionada, perguntou ao beija-flor o porque de a ter levado ali.
O passarinho sorriu, mas não lhe respondeu. Não queria estragar a surpresa que ainda estava para vir. Diana foi então novamente guiada, desta vez ate ao interior da cabana. Quando entrou, viu que as condições não eram as melhores, mas havia algo que tinha chamado a sua atenção… parecia…o rosto de alguém. Alguém de quem o rapaz gostava.
Nesse momento, o passarinho perguntou: “ não te reconheces?”
Tatão ficou emocionada, pois só nesse momento se apercebeu que estava a olhar para um espelho.
Assustada, a menina sorriu por entre as lágrimas, virou costas mas não conseguiu ir embora. O jardim e a cabana estiveram sempre ali e ela nunca se tinha apercebido.
Feliz, beijou a cabecinha do beija-flor e saiu para o jardim, onde ficou com o sol a bater-lhe nos cabelos amarelos. O penas coloridas seguiu-a e calmamente perguntou o porque do medo nos seus olhos. Diana respondeu: “ não sei…o espelho tinha algo de magico”. Ao qual o pássaro responde:” tens razão, já te devia ter contado. O espelho só reflecte as pessoas a quem o menino ama..”
A menina não acreditou nele. Não gostava da imagem que o espelho reflectia.
Perguntou-lhe então quantas pessoas conheciam aquela cabana…:” tu foste a primeira a entrar nela. Normalmente ninguém vem porque pensam que esta abandonada…sei também que o rapaz gosta de ti, porque é o teu nome que ele chama, por ti respira e por ti suspira..”
As árvores agitaram-se mas o beija-flor acabou de palrar.
“ Mas, porque é que ele não fala? Porque nunca me disse e nunca me trouxe aqui?”
A menina tinha tantas perguntas para fazer…
“ Tem calma. Sabes, ele tem medo que não queiras saber dele”
Depois, levou a menina ate ao rapaz tímido e desengonçado. Ela, com vergonha, olhava para o chão de mãos nos bolsos. Ele, pegou na mão dela e levou-a para a cabana magica, onde lhe revelou o quanto gostava dela e a aninhou no seu colo para ela não ter mais medo.


A nossa primeira historia juntos:)


por: Diana Tato & André Reina


Fim adaptado por: Ines Andrade

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Renascer



Brincava.

Fiz que brincava e brincava que fazia.
Brincaram.

Brincaram mais do que faziam que brincavam.
Brinquei.
Fiz que não quis mais. Não quis mais fazer que fazer que queria.
E, de repente, não queria mesmo!
Tão embrenhada em me fazer querer brincar que não reparei que podia não ter que me fazer querer.


Fénix…


Di*


texto e foto:

Diana Tato

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Daltonismo ( diana)

Quando o extra-textual é mais importante que o contextual.
A imaginação só encontra limites
nas margens da folha de papel,
e se surpreende com a reacção elipticamente estúpida
da correcção do Word.
Porque o cheiro do papel me persegue,
e porque a tinta não consegue sobreviver
nos rios das minhas mãos.
É o sonho que é tudo.
Di*

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ancora ( Diana)




O lugar onde o coração se esconde


é em dezembro o SOL CORTADO PELO FRIO


e à noite as luzes a alinhar o rio..




O lugar onde o coração se esconde


fica no norte e é Vila do Conde






"in, Portugal Sacro-Profano (Ruy Belo)

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Cicatriz ( diana )

Rasgo-a.
Faço de conta que não é minha. Que não está em mim.
Queimo-a.
Sinto o calor do fogo gelado chegar bem perto da minha pele.
Parto-a.
Vejo um mundo verde, distorcido, através daquele redondo fundo de garrafa.
Ouço-a.
Como passos que na noite me perseguem. Como escroques, cansados do ócio do dia a dia.
Sinto-a.
A força de mil homens insignificante a cada sufoco de respiro.
Por fim,
Aceito-a.
Como fado.
Como sina.
Como historia.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Morde me os olhos



Entra de repente. Como um vagabundo que se esgueira, sorrateiramente, no escuro, e nos rouba tudo. A força, o sorriso, o dia seguinte. Já não há mais segredos. O brilho foi ofuscado, aos poucos, pelas luzes de natal, espalhadas pelas ruas. Os meus instintos de resistência estão reduzidos a pó. Restam apenas os mais primitivos, que me guiam, mecanicamente, pelas horas infinitas.
O perto parece longe, e o caminho esta cheio de emboscadas. É o cheiro, é o sorriso de alguém idêntico a um de mim, é uma força de quatro patas. É tudo. É ate a buzina de um carro. É uma viagem ate vos, e um regresso doloroso ate mim.
Fecho os olhos, com muita força, ate me doerem. Desejo que alguém os morda, para ser uma dor ainda mais real. Desejo vos como em criança desejava ser uma grande mulher, rica e feliz. Desejo vos como não desejo nada, ninguém.
Não é real.
Abro os olhos. Não doeu nada. Fecho os novamente.
Só voltarei a abri-los quando me sentir no meu ninho.
Já não falta tudo, mas falta o infinito

Di*

sábado, 6 de dezembro de 2008

Cinzas de um sono

Tentei espreitar. Estava tudo desfocado. Talvez fosse do arame farpado. Afastei-o com a mao direita. Piquei-me. Uma gota de sangue caiu.
Nao senti dor.
Voltei os olhos e deparei me com uma imensidao de terra.
Ouvi gritos silenciosos. senti lagrimas secas a formar aquela maldita lama. percorri cada olhar invisivel que deambulava por entre os fornos de queimar pessoas. senti cada um destes olhares cravados nas minhas costas, na minha alma.
sabia tudo dali, sentia tudo ali. ou pelo menos, fingi saber. A indiferença estava-me a matar, bem devagar.
senti me a sufocar no meio de duas mil toneladas de cabelo humano. tentei abrir os olhos, mas continuavam a minha frente, barracoes para animais, onde um dia viveram ,(ironia), milhares de restos vivos de pessoas; cobertos pelo seu proprio excremento. capa contra o frio, dizem eles, capa contra a dor, digo eu.
sao eles que fazem daqueles hectares, uma terra abençoada pela maldiçao do seu destino.
foi dia 1 de dezembro.
finalmente regressei do sono. um sono real. aquele foi o meu ( egoismo) pesadelo real.
chamam-lhe Auschwitz.
Eu chamo-lhe historia. Historia daquela que marca o corpo e a alma, como o gado é marcado com ferro a arder.
carrego a sua marca ate que me esqueça dela.
quando me esquecer, voltarei ao "sono" e serei marcada novamente.
Farei por isso.


di*

sábado, 29 de novembro de 2008

o meu blog: Inês
só para me editar


terça-feira, 25 de novembro de 2008

Amor explícito

por Inês Andrade


Nao sei se é o calor da tua casa ou das tuas mãos que me fazem querer ficar quando me pedes para ficar. O conforto é demasiado tentador e as palavras sao tao o que quero ouvir..o que preciso de ouvir. Fico e durmo. Em paz, porque respiro melhor com o textura dos teus lençois. Ou será das tuas maos? Ou das tuas palavras.

Rendição. Quero manter me onde sempre estive. Como sempre fui. Distante e à margem. Quero que queiras sem pensares que quero..mas quereres à mesma. Não consigo. Só quero adormecer. Livre de tudo, de mim até. Pontas dos teus dedos nos meus olhos quentes. Brincas distraido com o desenho dos meus lábios a amar devagarinho queixas e mimos. E eu adormeço. So porque quero. Estás aqui.

Não estás, e desafiamo nos de novo.

Perdoamos os confrontos externos e confitos interiores. Cansamos das horas pesadas . E devolvemo nos de novo ao sono entre promessas pornográficas. Ja nao sei onde me deixei, aquela que sempre quis ser, que sempre quis que amassem.

Amas. So porque sou. e ja cortejas os meus ombros como antes das horas dificeis. Alivias a minha ansia. Cobres me de ti e das me amor sujo, tentadoramente tenso e violento.

Agora está tudo tao esmagadoramente calmo, sem os raros surtos de dádiva incondicional. Sem os despojos infantis das horas vazias. Sem as conversas de casa de banho e os segredos de alcova.

A minha alma está tao fria como a tua cama.

Nao adormeço.

Segurança insegura

Vais crescer, mesmo sem quereres; disse ela. Sorri. Encolhi os ombros e pensei que era mais uma das suas (in)uteis constataçoes. Concentrei me de novo, na tarefa, bem mais interessante, de limpar a mesa.
Sorriu tambem. Nesse momento, transpirou sabedoria. Senti a como uma brisa, e mesmo assim, o grão de arroz caído na mesa, teve mais força.
Continuou. falava de tarefas, horarios, malas. Eu ouvia o som da maquina do cafe e das vozes incrivelmente agradaveis. 15 minutos. parece que ja ha 1o minutos, faltavam 15 minutos.
Virei costas. bati com a porta e fiz de conta que os 15 minutos tinham passado.
Ingenuidade. Leveza. Inocência.
Nao sabia sentir, pelo menos da forma correcta. Nao sabia valorizar, pelo menos quem merecia. Nao sabia saber, ou como saber.

Nao sabia mae, que existia uma constante segurança insegura, de uma casa que nao a nossa.

Tinhas razao.

Di*

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Branca de Neve e os 7 Anões

por Inês Andrade

Ao contrário do conto, já contava que estivessem sete no quarto. São anões, são pequenos. Não os ouve porque falam baixo, nem os vê porque não estão no seu campo de visão mais preguiçoso. E são pequenos outra vez, não chegam às coisas e já nao apetece ajudá-los, pelo menos não mais.
Mas o local é bonito, é exterior a ela, alheio à casa. Não percebe se ele é amigável ou hostil. Se é sujo ou sÓ desarrumado. Se barulhento ou apenas está vivo.
Isto é Nápoles. Golfo amontoado de casa, lixo e cães de rua. Paisagem cronológica, com camadas de adaptação. Liderada pelo Vesúvio, enfeitada por Capri.
È prosaica, mas pouco humilde, pavoneia se na sua grelha de vielas demasiado estreitas, com demasiados estendais e janelas em demasia também. Esquinas de mafiosos. Motas com mulheres mal maquilhadas e brilhantes.
Muita gente, muito diferente, muitas histórias. Cliché, mas bem suado nesta cidade. Carros atropelam se e abafam as pandeiretas das famílais ciganas que cantam, tocam e sorriem, todo o dia, à espera.
As lojas são do dono, não do cliente, não importa a venda. Fecham se no negócio: presépios, brinquedos ancestrais, instrumentos de música.
Cedo é escuro e também cedo nos é desenvendada a riqueza e o perigo.
Italianos barrigudos, os dos filmes, com o gorro amarrotado, pousado na cabeça. Sorriem, um sorriso pouco benvindo, mas pouco inimigo também.
Os imigrantes dão passadas maiores quando faz noite. E as avós gordas calam os putos e botam nos para dormir.
Mas da fachada de elmo, o campo de visão preguiçoso, maior e mais acima, são apenas anões.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

filha do pai

Não foi de propósito, encontrei-o na escrivaninha. Era pequeno e tinha uma capa em couro, o que era inédito para mim, um caderninho que cheirava a antigo e a aventura; daquelas que eu lia escondida debaixo dos lençõis. E tinha uma moldura de cornucópias douradas. Desculpa..
Não resisti a abrir e tinha a tua letra. A tua letra docemente desenhada. Passei horas a fio a imitá-la. Rabisquei dezenas de folhas do meu caderno sem capa de couro para conseguir criar o teu abecedário. Nao consegui.
Li o teu diário e era triste. Tinhas 15 anos e eu tinha 13. As páginas eram amareladas, e eu acreditei mesmo que nunca ia ser como tu, nem ia ter tanta coisa dentro de mim como tu tinhas, nem ia chorar tanto como tu choravas.
Falavas do teu pai lá, e eu nao percebia, e dizias que tinhas medo...nunca te vi com medo.
Falavas de amor, platónico como tudo o que é prazeroso na tua vida. E condenaste esse amor nas páginas do diário, e eu fixei até hoje que ele não existia para ti, e que aceitaste o léxico mundano e formas quotidianas como as tartes de maça e os cariocas.
Fiquei tão triste, era criança, queria que aquela estória acabasse bem, e nem me apercebi que fazia tão parte da tua história. Sabes de quem falo, aquele, que tinha a morte nos olhos.. e que morreu. Sempre quis que tivesses ficado com ele, não sei porquê.
Lembro me de mais coisas que queria, lembro me duma frase: "o ódio destilado no alambique da guerra". Soava tão bem, era tão barroco e exuberante. Desejei com todas as forças do meu ser escrever assim, e escrever assim com a tua letra..ia ficar tão lindo, pareceria uma iluminura, com aquelas maiúsculas autoritárias.
Quis escrever como tu antes de saber sequer o que a frase significava. Um dia decidi, lambi os dedos e avancei as folhas do dicionário, como sempre me ensinaste, para saber o que era "alambique"..desculpa não sabia, e também não conhecia destilar. Senti que devia ter lido mais, tu bem dizias.
Eu compreendi a frase, não a entendi. A clareza do entendimento veio mais tarde, e foi avassalador. Qualquer forma de escrita, nunca me vai atingir do mesmo modo que esta frase, porque nunca mais encontrei nada tão poderoso e que me fizesse sofrer tanto. Senti vergonha por entender o tipo de ódio a que te referias.
Foi o primeiro objectivo da minha vida, daquelas pequenas ocorrências da infância, as que ficam. Escrever como tu, conseguir extrair mais da língua do que o que ela própria oferece. Este foi o primeiro e mais puro entendimento da minha existência intelectual e emocional.
Quis te descobrir mais, mas és tão distante mãe, quis ouvir a Paixão Segundo S.Mateus do Bach, e depois de ouvi-la quis aprender a ouvi-la, houve alturas, aliás, que, para te combater, ouvi incessantemente a Paixão Segundo S. João, só para me provar que não somos iguais.
Mas a Paixão Segundo S. Mateus é mais bela, e mais sofrida como tu.
Depois percebi a tua missão, percebi que não conseguiste viver mais depois que eu nasci, ou se calhar depois que ele morreu, ou então nunca conseguiste viver.
Porque és tão magnânima e exterior a ti? O mundo não tem de depender de ti. Quando morreres as flores não vão desabrochar do mesmo modo.
Ninguém disse isto, nem ao Pessoa nem ao Campos.
Eu sou o teu ponto de referência, mas quero deixar de ser.
Porque achas que eu te afasto mas que preciso de ti? Mãe, es tao sábia com as palavras e o léxico pregou te uma partida. Eu aproximo te, e preciso te. Mas tens de descer a mim. Nao! Tens de me deixar subir a ti. Tornares tudo plano, sem quebras ou vacilos, só para eu entrar um pouco no teu mundo e passares tu a ser o meu ponto de referência e menos a tal ocorrência de infância.
És tu para todos. Desgastas-te para seres de todos, e todos têm espaço para serem mais deles. E todos os dias és menos de ti e para ti.
Nao deixes mãe. Escreve o teu livro. Tu achas que não tens autoridade. Ganha essa vitória a ti mesma, permite te a entregares-te sem almofadas, tintas ou pérolas.

Plantamos uma árvore juntas. Ensinaste me a escrever, agora eu ensino te a ti.

a Inês

terça-feira, 18 de novembro de 2008

epitáfio aka ode à vida

por Inês Andrade

"epitáfio aka ode à vida", nao encontro conceitos que se enquadrem melhor neste cenário que pintaste em correria por mim.
Por mim porque sei que o sentiste, como sentirias se eu aí estivesse, a pintar os olhos debaixo da luz fraca da tua casa de banho como quando eramos crianças.
O'neill verbalizou os meus medos..defendo me da morte, mas se, ou quando ela chegar, so tu terás o dom da palavra para a despedida
Aprender é descobrir o que já sabias. Edescobri em Assisi uma paz que pensei pertencer só a mim (que egoísmo eu sei) mas aprendi que a fé existe e que nao precisa de tapete de entrada.
Aprendi que a minha mãe tem razao, sou uma rapariga da cidade, cuja obstinação so me defende das coisas erradas, mas encontrei em Assisi a verdade.
Na cidade nao me sinto capaz de escrever um livro. Em Assisi sei que vou escrever um livro.
Nao aprendi a (des)esperar, ja quero escrever um livro sem ter plantado a àrvore e feito o filho..
Desculpa, mas quando escrevo estou no meu campo de batalha, daquela que falas que travamos? Bomb, domino quando escrevo e nao estar aí, onde o ar é despretensioso fez me perder esse controlo, e se eu nao souber escrever mais? Se nao souber desafiar mais a lingua que sempre foi minha? Até ela vai mudar, mariana, até a nossa lingua vai abandonar as minhas mãos e eu nao vou poder contar pelos dedos os pormenores, as acções e as pessoas que me pertencem.
Nao sei plantar uma árvore, preciso mesmo que me ensines, sim?
O filho é mesmo a verdadeira criação, surpreende-te, ama te e mata te.
Um livro não, o livro é branco, mari, e tu das lhe ordens, guardas, riscas, rasgas, desistes, retomas.
Um filho não admite prefácios e o único "marcador" que algum dia terás serão desenhos de primária.
Mas voltemos à infancia que nao tivemos...
Dorothy, bate três vezes com os calcanhares para eu voltar para casa....

O filho e o livro

por Mariana d'Orey

“As pessoas tratam de pôr uma pausa ou um stop nestas conversas. Incomoda-as” dizias tu numa das nossas trocas de palavras. Acessas, irreverentes e profundamente tenras. Não imaturas, mas tenras, frescas, prestes a desbotar.
A Inês das mil e uma verdades e a Mariana dos mil e um segredos, o filho das mil e umas alegrias, o livro das mil e promessas.
Nessa tarde fria de Novembro em que os nossos olhares de encontraram no suor das nossas conversas. Sim, porque as nossas conversas suam. Soam porque ganham vida e ritmo próprio. Bem, dizia eu que nessa fim de tarde amarelo em Portugal e vermelho em Roma (sempre gostei de ver o amarelo e o vermelho juntos) estavas especialmente amedrontada.
Estavas amedrontada porque estás longe e tens medo que isso te afaste da tua mais nobre missão: escrever. Por isso, e só por isso, me lançaste ideias sem sustento (pelo menos por enquanto) de escrever um livros. Sobre quê? Não sei. E tu também não. Só sabes que incessantemente queres desenhar letras e sujar as tuas mãos de papel e carvão.
Só mais tarde percebeste porque te disse que na vida temos de plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro, por esta ordem. E aí o sangue subiu-nos ao coração e, de uma forma quase simultânea, desafiamo-nos para mais uma batalha de pensamentos. Batalha não porque somos mulheres de paz, diria melhor um flirt de pensamentos. Intenso, provocador e incomodativa para todos. Menos para nós.
Defendi a ideia de que um livro devia vir depois de um filho. Nem sei se é verdade, mas disse – to na mesma. Porque era isso que precisavas de ouvir.
Tu, do teu recanto, afirmavas que não, que um filho era a derradeira criação. Nem sabias bem se acreditavas nisso. Mas disseste – o na mesma. Porque isso justificaria as tuas novas ficções para acalmares a alma.
Por fim, eternas amantes do entendimento, encontramos um caminho comum. Se era o livro ou o filho a derradeira criação não sabíamos, a que cumpria era ainda a primeira: plantar uma árvore. Colocar a semente, regá-la, cuidá-la e dar estrutura a cada uma das ramificações.
Quando voltares quero que plantes a tua árvore ao lado da minha árvore. Ela ainda está pequenina, mas concerteza será capaz de abrigar a tua semente do sopro do vento e dos risos da chuva. Um dia mais tarde não duvido que a tua jovem árvore relembra a minha, nessa altura já carregada das rugas do tempo, o processo de fotossíntese e as malandragens do sol.
Se na vida temos de fazer três coisas – plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro – então no nosso percurso temos também de nos cruzar com três pessoas – o Papa, o Paulo Moura e a Inês Andrade.

assissi ( Diana )

paz*
fico feliz por a ter encontrado aqui...e por nao ter perdido a capacidade de a encontrar.
deliciem-se:)




sexta-feira, 14 de novembro de 2008

game over? ( Diana )

Como em todos os jogos, a bola esta sempre de um lado do campo. Desta vez, cabe me a mim remata-la para o outro lado.
Pensei durante algum tempo, qual seria o remate mais indicado, para fazer a bola girar para la da linha do meio campo. Pensei e voltei a pensar. Ate que percebi, que, independente do tipo de passe, ela iria sempre ganhar efeito e regressar a mim.
Apercebi me também, que muito para alem da equipa com quem estou a jogar, e ate mesmo do meu “ adversário”, este jogo vem saltando, de quando em vez, ao meu pensamento; sem perceber porque ou ate mesmo, talvez, sem o querer.
Portanto, se o objectivo da “ competição” é assaltar a minha mente, sem necessitar de palavra pass ; derrubar as minhas defesas sem uma única finta, o premio será entregue a equipa adversária.

Di*

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Jogos de palavras ( Diana )


Jogo o meu jogo,
Num mundo meu e teu
E de tantos outros …

Jogo o meu jogo de palavras
Nem sempre amadas,
Nem sempre entendidas,
Nem sempre benévolas,
Nem sempre amáveis…

Vivas,
Vibrantes,
Calmantes,
Meigas,
Saltitantes,

Como a vida
Por nós procurada
E por vezes… Encontrada!

E tantos me aceitam
E tantos me repudiam
E tantos me esquecem
No clamor do dia
E da noite de luzes…
…A acender e a apagar!

Mas continuo o meu Jogo de Palavras!

E aprendo outro jogo,
O jogo de entender os outros
E olhar esses outros,
Como se eles fossem os parceiros,
Do meu jogo …

E amo-os como Amigos,
Como Irmãos,
Como Luz,
A acender … apagar
E a Noite a chegar…

E volto a jogar
Com Eles!...

Meus Amigos,
Meus Irmãos.



Homenagem,

aos que longe e perto...
Me procuram!


fico a espera de pistas, para poder jogar este jogo...

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Mesa de Sonhos (inês)

Ao lado do homem vou crescendo
Defendo-me da morte quando dou
Meu corpo ao seu desejo violento
E lhe devoro o corpo lentamente
Mesa dos sonhos no meu corpo vivem
Todas as formas e começam
Todas as vidas
Ao lado do homem vou crescendo
E defendo-me da morte povoando de novos sonhos a vida.

O'Neill

amo t

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

de: Diana para: Crystal eye

mal nos conhecemos inauguramos a palavra, amigo! amigo é um sorriso de boca em boca, um olhar bem limpo, uma casa, mesmo modesta, que se oferece. um coraçao pronto a pulsar na nossa mao. amigo, é o contrario de inimigo. amigo é o erro corrigido, nao o erro perseguido, explorado. é a verdade partilhada, praticada. amigo é a solidao derrotada. amigo é uma grande tarefa, um trabalho sem fim, um espaço util, um tempo fertil. amigo esta presente, presenteia, e APRESENTA-SE.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

me confesso

Aqui, diante de mim,eu, pecador, me confesso de ser assim como sou.Me confesso o bom e o mau que vão ao leme da nau nesta deriva em que vou.

Me confesso possesso de virtudes teologais, que são três,
e dos pecados mortais, que são sete,q uando a terra não repete que são mais.

Me confesso o dono das minhas horas. O das facadas cegas e raivosas, e o das ternuras lúcidas e mansas. E de ser de qualquer modo andanças do mesmo todo.

Me confesso de ser charco e luar de charco, à mistura. De ser a corda do arco que atira setas acima e abaixo da minha altura.

Me confesso de ser tudo que possa nascer em mim.De ter raízes no chão desta minha condição. Me confesso de Abel e de Caim.

Me confesso de ser Homem. De ser o anjo caído do tal céu que Deus governa; De ser o monstro saído do buraco mais fundo da caverna.

Me confesso de ser eu. Eu, tal e qual como vim para dizer que sou eu aqui, diante de mim!

Miguel Torga

sábado, 1 de novembro de 2008

Segredos desta cidade, levo comigo para a vida…( Diana)


Percebes te, ate melhor que eu, quando te disse que Roma tem segredos.
Mas, acima de tudo, Roma arranca os meus segredos mais íntimos, e espalha-os por entre o fumo do trânsito e da névoa, que por vezes abate a cidade.
Aqui, descubro um segredo em mim, a cada dia que passa. Tal como descubro segredos escondidos em cada esquina, imponente e tão mais importante que uma insignificante portuguesa, que deambula pelas ruas estreitas de que tanto gosta, mas que trocaria num piscar de olhos, pelas ruas ainda mais apertadas da sua pequena cidade.
Transpiro segredos, que se misturam com o frio que por cá se começa a notar.
Segredos óbvios mas tão interiores, que me fazem corar só de pensar que os estou a partilhar com esta mistura de gente tão distante e fria.
Sempre que fumo um cigarro, mais uma confissão a mim mesma. Sempre que sorriu, confesso que, talvez na cara da Europa, Portugal, sorriria mais, melhor, e com mais vontade.
Fecho os olhos, e sim, estou em Roma. Não a amo, tenho pena, mas não. Limito me a gostar de ca estar, e a gostar de mim aqui. Mais calma e sensata, mais apreciadora de tudo que me faz bem, e que esta tão longe. Esta distancia, mais sentimental que contada por quilómetros, mata me e faz me viver. Provoca me lágrimas e faz me sorrir, por pensar naquilo que tenho e que, gosto tanto de ter.
E mais que coisas, são olhares fugidios e sorrisos cúmplices, que me suportam aqui. São pessoas, são sentimentos únicos, são parvoíces, são loucuras vividas em grupo e sozinha…é por isto que ainda continuo ca, é por isso que a falta do cheiro de Portugal, não me corrói por dentro…ainda…ou talvez, já não.
Pelas surpresas diárias, boas ou mas, e pelo desafio a mim, enquanto criança de 20 anos, e enquanto Diana, pessoa impulsiva e inconsciente.
A minha capa, por vezes fria e insensível, tem-me protegido. Tem me guiado pelos caminhos incertos por onde sigo, passo a passo, segura e certa do meu destino.
O presente é um presente que nos é dado …aqui, sei que o natal não é so em Dezembro, tão pouco é quando o homem quiser. O natal é todos os dias, é o/um presente que nos é oferecido, e que por vezes, deitamos fora, sem sequer o desembrulhar.
Estou a aprender a desembrulhar tudo…a cidade onde estou, as pessoas que me rodeiam, o meu
dia a dia, a mim mesma...

Di*

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

manhãs frias...

por Inês Andrade

Há algum tempo que nao escrevo um post. os textos cessaram porque findou também a histeria inicial de viver num novo cenário, com novos movimentos, novas pessoas, novas paisagens, encantadoramente tentadoras.
Com o passar do tempo apercebi me como algumas pessoas recorrem à fuga para se encontrarem e outras perdem-se quando longe do refúgio.
Em roma, o ritmo frenético dos 6 milhões de pessoas tornam a cidade quente e abafadora, mesmo quando chove, não há espaço para os aromas lusos tão familiares: o perfume queimado das lareiras nos primeiro dias de novembro, e o orvalho telúrico das chuvas, tão típico.
Antes de regressar ao meu país, tudo em itália me parecia negativo, cada caminhada, passeio, refeição ou programa merecia um olhar depreciativo da minha parte. amei platonicamente Portugal durante 2 meses.
Agora que aqui estou, o amor é genuíno, porque vivo os pormenores da minha terra natal com calma.
Tenho saudade de roma, talvez tenha saudade de mim em roma, como também sentia falta da inês que sou em no Porto.
Se calhar em roma, descobri qual o melhor de mim no Porto, como agora que aqui estou foi me apresentado o melhor de mim em Itália.
Desafiante é conjugar as duas faces desta descoberta. não quero voltar para Itália, mas também não quero sair de lá.
A diana tem razão, roma tem segredos, o Porto não tem, porque no Porto as coisa boas são explícitas. em roma guardamos só para nós os detalhes da cidade que nos fazem aguentar a distância, que fecundam a nossa introspecção, o diálogo intrapessoal que não temos no Porto, porque já o damos como garantido, é demasiado nosso.
Os meus segredos são simples.
Os cafés da Amália. irónico, buscar a protecção de uma personagem tão prosaica, como uma empregada de café, que coincidentemente possui um denominador comum com Portugal, o nome.
Os floristas abertos toda a noite, nas avenidas escuras dos arredores romanos, iluminam as esquinas com girassõis, rosas e orquídeas, para presentear amantes nas madrugadas.
A linha do 87, que apelidamos carinhosamente do autocarro turístico, que me acaricia pela manhã com as melhores visões de roma
Os gelados, são quase como a realização dum desejo infantil, sabores que, secretamente, sempre esperamos que existissem, e afinal existem mesmo
imprevisibilidade da cidade, quando já pensamos que vimos tudo o que de importante há para ver, presunção nossa, ela mostra nos uma paisagem nova, quase sorrateira, de tao descontextualizada, mas que arranca um sorriso de conforto
Por fim, os testes a nós mesmos, não é uma característica directa de roma, mas que desencadeia acontecimentos só possíveis lá.

desvendem os vossos segredos

inês

sábado, 4 de outubro de 2008

diana e inês dizem:

Pedimos a todos os CANI (comentários anónimos nao identificados) que se identifiquem :)
Este pedido é especificamente para os seguintes comentários:

crystal eye
gina lol. a frigida
anonimo

Obrigada pela colaboração

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Quem me dera a mim (mariana)

Quem me dera a mim ter chegado ao Brasil em 2000... Não por o bater dos corações e batuques ter nesse ano se sintonizado de um jeito de tal forma arrepiante que até o Cristo Redentor sentiu ciúmes, ou porque a silhueta dos corpos morenos na contra luz do por do sol das praias de Ipanema foi, na entrada desse novo ciclo, o ponto de fuga "boca e aberto" de milhares de fotografos de todo o mundo, mas por e simplesmente porque nesse ano (como poderia ter sido noutro qualquer) o Zuco compûs uma música intitulada de "Brasil 2000".
Longe do sopro de letras de Vinicius ou dos reencontros de Tom Jobim seria para mim já muito satisfatória a possibilidade de reunir no momento da minha ida um conjunto de encaixes de mãos, pés, boca e jogo de cintura como os de Zuco.
A única coisa que me ocorre demais dizer sobre o Brasil é que a cada esquina dobra-se uma nova pauta, a cada nascer do sol um novos pés aprendem a rodopiar e mil e uma voz a gritar que, sem dúvida: "O Rio de Janeiro continua lindo!"



sexta-feira, 26 de setembro de 2008

voltas (diana)

Sao voltas e voltas, sem parar,
em sonhos nocturnos, em sonhos de encantar.
Muitos enredos, historias reais,
que nos envolvem, nos acordam sem avisar.
Fico á toa, mas onde estou eu?
já é de madrugada e o silenciou reinou.
De olhos abertos so vejo sombras, ja me sinto a regressar de novo ao sono...

Di*

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Jessica 95..(diana)

este é o nome do bar onde foi a festa erasmita de ontem. quinta feira tem-se revelado um dia de bastante agitação nas nossas "pacatas" vidas romanas. e a noite de ontem nao fugiu a regra..varias nacionalidades se uniram no JESSICA 95, ansiosos por mais uma noite de grandes loucuras e muita festarola.a lingua que reinou foi a lingua universal chamada musica, que une todos num so objectivo, o de abanar os membros que constituem aquilo a que chamamos corpo. pior ou melhor coordenados, todos libertaram o stress acumulado de uma semana, e as saudades de casa e dos seus.
eu nao fui excepçao...dancei, pulei e cantei, ate demais..:) hoje, cansada e mais leve, sinto que as saudades voltam a atacar..faz-me falta a minha cidade, a minha casa e as minhas pessoas..a unica coisa a que me agarro sao os meus valores e aquilo que sou enquanto pessoa. as vezes sinto que nem isso é suficiente, e que mais vale fazer loucuras de uma noite, ja que ninguem me conhece..
mas nao, hoje percebo que o que mais vale em mim sou eu mesma e aquilo em quem acredito.
por isso, JESSICA 95, lamento informar, mas a party animal vai tirar uma ferias..:)
e hoje, o nosso mafamuti faz anos, ele sera o party animal...
apesar de tudo, 2 partes de mim viajaram ate roma e trouxeram o cheiro de portugal com elas..foi o sorriso delas que me trouxe, tambem, novamente o fio condutor dos meus principios..obrigada. adoro-vos:)

a party animal*
diana

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

lugares-comuns (inês)

As saudades são um lugar-comum, dizer que a falta do ninho desampara-nos sempre que nos atiça um cheiro ou uma imagem, ou uma simples lembrança casual...

A grande verdade é que um lugar-comum é aquilo de que mais puro e genuíno emana de nós, e ao verbalizá-lo (swelllliiiiiing) todos sabemos o que significa.

Sinto a maior inocência das inocências possíveis, daquelas birras infantis de precisar tanto de ter algo que se chora até cansar e os olhos ficam a arder. Eu preciso de vocês...

riding days

Roma é A cidade das scooters. Elas têm prioridade em todos os cruzamentos, passam linhas contínuas, duplas linhas, separadores, e VERMELHOS. Ninguém reclama com as relas, elas é que apitam aos carros que nao reconhecem a sua superioridade. Quem atravessar uma passadeira em roma, vai ver uma fila de motas a roncar prontinhas a superar o transito caótico da metrópole.

Scooter rent, não faltam imagens relativas a este negócio rentável.
O meu namorado, Diogo, não esperou muito tempo para alugar uma. Foram dias inesquecíveis, depois de subir numa rela em Roma não se quer outra coisa.
(Aconselha-se uma escova na carteira por causa do capacete.)

Um cheirinho de 50cc.























































terça-feira, 16 de setembro de 2008

singstar

Roma é um tédio...

ALiás, o facto de termos curso de italiano às 9h30 é que nos impede de fazer seja o que for...

Acordar, sono, cereais, café, cigarro..

Gritar para os homens se despacharem (algo está de pernas para o ar) correr para o metro, onde o esforço para entrar é medonho, dois corpos não ocupam o mesmo volume, e, como tal, sentimo-nos desafiadores da Física.



Três horas a ouvir tentativas falhadas de polacos e alemães a falar italiano...medo!!!

Casa, e dormir....estamos de rastos

Resta-nos cantar.

O sing star é a nossa salvação, até nos apercebermos que ninguém canta bem!!!!!!



Um slide multimédia para fazer crescer água na boca....ou lágrimas nos olhos





9209 km

Este primeiro post é uma breve explicação do porquê deste blog, funcionando também como uma desculpa para este nome tão ridiculo que mais parece uma publicidade a a milhas de viagens aéreas.

9209km é a distância entre Roma e Rio de Janeiro. Não porque sejamos brasileiras (porque, como é visivel, não somos italianas), nem fãs de picanha, muito menos do corcovado. A grande razão é que 3 amigas decidiram dar o privilégio ao mundo de comtemplar e interpretar as suas experiências erasmus através deste meio global que é a Internet.

Apresentando-nos:
Mariana (21 anos - Rio de Janeiro - a roots)
Inês (21 anos - Roma - a hipocondríaca)
Diana (20 anos - Roma - a party animal)


Ao longo destes meses actualizamos todas as semanas, ou pelo menos quando tivermos sóbrias, esta viagem inesquecível.

Boas Vindas a todos

DIM

Roma c'é

Vamos fazer de conta que hoje é dia 27 de Agosto e acabamos de chegar a Roma. Como todos podem ver na data do post, ja passaram mais de 20 dias, e ao contrário do dia de chegada, que estava troppo caldo, hoje está freddo.

Vamos parar com meteorologia e passar ao horário dos comboios. :)


As únicas palavras que sabemos dizer em italiano é: CHUPIIIIIITAAAAAAah desculpem isto é calão português... retomando, va fan culo, cunilingus, fellacio, carbonara e capuccino, mas estas ja conheciamos antes de vir.

Sabemos perguntar por autocarros, pedir cafés e perguntar quanto custa a cerveja (birra para os ignorantes).

Pagamos 5,50 por um capuccino, que valeu a pena até ter chegado ao fim, o arrependimento obrigou nos a mergulhar no lago da faculdade de La sapienza como podem comprovar no vídeo que se segue.



è só o primeiro post, prometemos mais...


BIg Brother

Neste prédio existem pessoas que estão a jogar e pessoas que estão a ser elas mesmas.

Estafrase deriva de termos compreendindo que isto funciona como um Big Brother sem camaras e sem o pontapé do Marco na Sónia. Aqui estamos 24 sobre 24 horas juntos o que multiplica as amizades e inimizades, os abraços e as discussões.

Aqui temos mais um exemplo das tentativas macabras de nos entretermos, e como podemos ver, eles estão a ser eles mesmos.....:)